Perifatividade junt@o com Mães de Maio em Memória dos 10 anos dos Crimes de Maio

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I ENCONTRO INTERNACIONAL DE MÃES E FAMILIARES DE VÍTIMAS DO ESTADO DEMOCRÁTICO

Por ocasião do aniversário de 10 anos dos Crimes de Maio, a maior chacina praticada por agentes estatais na história contemporânea do Brasil, nós do Movimento Independente Mães de Maio convidamos toda a Rede Nacional de Familiares e Amigos de Vítimas do Estado Democrático e demais parceiros nacionais e internacionais, de todas as horas, para realizarmos juntxs um grande encontro formativo e organizativo de nossas lutas em comum contra o genocídio do povo negro, indígena, pobre e periférico no Brasil e no Mundo. Com o tema “Justiça, Reparações e Revolução”, nossa proposta é que possamos trocar ideia sobre as nossas trajetórias e experiências de luta até aqui, fortalecemos a nossa organização autônoma, e pensarmos juntxs os próximos passos de nossa luta comum.

O Encontro ocorrerá entre os dias 11 e 13 de Maio, em diversos espaços na cidade de São Paulo. A quarta-feira (11/5) será marcada pela chegada, acomodação e credenciamento de todos os participantes, a apresentação do Encontro e as primeiras trocas de ideia; no segundo dia (12/5) aprofundaremos as discussões temáticas em GTs compartilhados, e na parte da tarde faremos o pré-lançamento simbólico do Memorial dos Crimes de Maio e das Vítimas do Genocídio Democrático, no Centro Cultural do Jabaquara; e no terceiro e último dia de Encontro (13/5), faremos a plenária final na parte da manhã no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco até o início da tarde, fechando o dia com a saída do “Cordão da Mentira” pelas ruas do centro da cidade, com o tema “Pelos 10 anos dos Crimes de Maio e todas as Vítimas do Genocídio Democrático” e “Contra a Falsa Abolição”.

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Diversas atrações culturais negras, populares e periféricas estão previstas para ocorrer durante toda a programação. Estamos, ainda, vendo com as torcidas Pavilhão 9 e Gaviões da Fiel a possibilidade de realizarmos uma atividade cultural especial, junto com eles, na Quadra dos Gaviões, em Homenagem a todas as Mães e Vítimas da presente Era das Chacinas, na noite da Quinta-feira dia 12/05, com a presença do rapper Eduardo e vários outros guerreiros e guerreiras do Hip-Hop Organizado.

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Na sequência deste Encontro, algumas de nossas companheiras e companheiros seguiremos para o Rio de Janeiro para somar nas atividades propostas por nossas irmãs e irmãos da Rede Contra Violência e Fórum de Juventudes do RJ no Sábado e Domingo (dias 14 e 15/5).

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA ABAIXO:

QUARTA-FEIRA (11/5)

MANHÃ – A partir das 8hs:  Chegada, Acomodação e Credenciamento dos Participantes no Hotel San Raphael (Largo do Arouche – São Paulo-SP)

TARDE – A partir das 14hs: Abertura Oficial do Encontro com as Apresentações Iniciais, Intervenções das Mães de Maio, Rede Contra Violência, Fórum de Juventudes do RJ, Mães Mogianas, Mães de Osasco e de outros Estados e Convidadas Internacionais

NOITE –  A partir das 19hs: Programação Cultural – Sarau com Coletivos Periféricos de São Paulo e as Mães do Brasil e Internacionais
Dia 11, o Coletivo Perifatividade mais diversxs parceirxs estaremos com as Mães de Maio e Mães da Palestina!
Para relembrar o mês da Nakba e firmar a importante ação de solidariedade internacional entre os movimentos sociais, o Movimento Palestina Para Tod@s e o Mães de Maio realizarão um Sarau com Coletivos Periféricos de São Paulo e as Mães do Brasil e Internacionais amanhã (11), no Al Janiah – Rua Álvaro de Carvalho, 190 – Centro

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REALIZAÇÃO: MOVIMENTO INDEPENDENTE MÃES DE MAIO E REDE NACIONAL DE MÃES E FAMILIARES DE VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA DO ESTADO

APOIO LADO-A-LADO: REDE CONTRA VIOLÊNCIA (RJ), FÓRUM DE JUVENTUDES RJ, MÃES MOGIANAS, MÃES DE OSASCO E BARUERI, ANISTIA INTERNACIONAL BRASIL, JUSTIÇA GLOBAL, TORCIDA PAVILHÃO 9, TORCIDA GAVIÕES DA FIEL, ASSOCIAÇÃO CAPÃO CIDADÃO, PONTE JORNALISMO, CORDÃO DA MENTIRA, MEMÓRIA VIVA, PORTELINHA, SARAU DA COOPERIFA, COLETIVO PERIFATIVIDADE, QUILOMBAQUE PERUS, MOP@T, MÃES GUARANI KAYOWÁ, MÃES DOS SECUNDAS EM LUTA, MOVIDA-COLÔMBIA, CARAVANA 43 (AYOTZINAPA MÉXICO), UNEAFRO-BRASIL, COLETIVO D.A.R., MH2O – MOVIMENTO HIP-HOP ORGANIZADO, FÓRUM DE HIP-HOP DO MUNICÍPIO DE SP, QUILOMBAGEM, ARTICULAÇÕES CONTRA O GENOCÍDIO, EDUARDO, EMICIDA & FIÓTI, CAMPANHA JOVEM NEGRO VIVO, ASSOCIAÇÃO BEM COMUM, BLOCO ILÚ OBÁ DE MIN, COLETIVO FALA GUERREIRA, STUDIO FRIDA, ÚTEROURBE, NENÊ SURREAL, CSP-CONLUTAS, QUILOMBO RAÇA E CLASSE, LUTA POPULAR, UNIFESP-BAIXADA SANTISTA, C.A. XI DE AGOSTO, SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, COORDENAÇÃO DA JUVENTUDE, SECRETARIA MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA, COORDENAÇÃO DO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE E TODO O NOSSO EXÉRCITO DE LIBERTAÇÃO DE FILHXS GUERREIRXS.

Coletivo Perifatividade marcando presença no Ato Canto pela Democracia, dia 31 de março, na Praça da Sé

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O Coletivo Perifatividade, como é e sempre foi sua bandeira – a luta social e a defesa dos Direitos Humanos – esteve presente em peso no Ato “Canto pela Democracia”, ocorrido no histórico dia 31 de março, na Praça da Sé, organizado pela CUT, Frente Brasil Popular, Povo sem Medo e outras organizações.

Encontramos guerreiros e guerreiras de luta, que estão muito além da arte, como o mestre Sérgio Vaz, toda a rapa da Cooperifa, o pessoal do Fórum Municipal de Hip-Hop, entre outros. Como sempre, não ficamos em cima do muro nunca, e muito menos diante de um momento tão tenso que estamos vivendo…

Embora tenhamos companheiras e companheiros em visões e posicionamentos diferentes, este é o momento de lutar pelo que nos une, e não pelo que nos separa, como diria o grande Milton Santos.

Convidado pelo companheiro Jadir Bonacina, colamos no carro de som com muito orgulho de fazer parte daquele momento histórico, para a cidade e para o País. E juntão com todo o povo presente, nos apresentamos e cantamos Brava, aos gritos de #nãovaitergolpe, vai ter LUTA!

Máximo respeito e satisfação de participar deste grande Ato, que ainda contou com a linda fala de nosso padrinho e griot Dito!

Confiram as fotos por Doulgas Mansur (Celeiro de Memória)

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As quebradas levantam a voz: #periferiascontraogolpe

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Manifesto #PeriferiasContraOGolpe
Manifesto #PeriferiasContraOGolpe – ATUALIZADO COM ASSINATURAS
Assine aqui http://goo.gl/forms/uRO7OhHkuf

“Periferias, vielas, cortiços… Você deve estar pensando o que você tem a ver com isso”

Nós, moradoras e moradoras das periferias, que nunca dormimos enquanto o gigante acordava, estamos aqui pra mandar um salve bem sonoro aos fascistas: somos contra mais um golpe que está em curso e que nos atinge diretamente!

Nós, que não defendemos e continuamos apontando as contradições do governo petista, que nos concedeu apenas migalhas enquanto se aliou com quem nos explora. Nós, que também nos negamos a caminhar lado a lado de quem representa a Casa Grande.

Nós, periféricas e periféricos, que estamos na luta não é de hoje. Nós, que somos descendentes de Dandara e Zumbi, sobreviventes do massacre de nossos antepassados negros e indígenas, filhas e filhos do Nordeste, das mãos que construíram as grandes metrópoles e criaram os filhos dos senhores.

Nós, que estamos à margem da margem dos direitos sociais: educação, moradia, cultura, saúde.

Nós, que integramos movimentos sociais antes mesmo do nascimento de qualquer partido político na luta pelo básico: luz instalada, água encanada, rua asfaltada e criança matriculada na escola.

Nós, que enchemos laje em mutirão pra garantir nosso teto e conquistar um pedaço de chão, sem acesso à terra tomada por latifundiários e especuladores, que impedem nosso direito à moradia e destroem o meio ambiente e recursos naturais com objetivo de lucro.

Nós, que sacolejamos por três, quatro horas por dia, espremidos no vagão, busão, lotação, enfrentando grandes distâncias entre nossas casas aos centros econômicos, aos centros de lazer, aos centros do mundo.

Nós, que resistimos a cada dia com a arte da gambiarra – criatividade e solidariedade. Nós, que fazemos teatro na represa, cinema na garagem e poesia no ponto de ônibus.

Nós, que adoecemos e padecemos nos prontos-socorros e hospitais sem maca, médico, nem remédio.

Nós, que fortalecemos nossa fé em dias melhores com os irmãos na missa, no culto, no terreiro, com ou sem deus no coração, coerentes na nossa caminhança.

Nós, domésticas, agora com carteira assinada. Nós, camelôs e marreteiros, que trabalhamos sol a sol para tirar nosso sustento. Nós, trabalhadoras e trabalhadores, que continuamos com os mais baixos salários e sentimos na pele a crise econômica, o desemprego e a inflação.

Nós, que entramos nas universidades nos últimos anos, com pé na porta, cabeça erguida, orgulho no peito e perspectivas no horizonte.

Nós, que ocupamos nossas escolas sem merenda nem estrutura para ensinar e aprender. Nós, professoras e professores, que acreditamos na educação pública e não nos calamos e falamos sim de gênero, sexualidade, história africana e história indígena – ainda que tentem nos impedir.

Nós, que somos apontados como problema da sociedade, presas e presos aos 18, 16, 12 anos, como querem os deputados.

Nós, cujos direitos continuam sendo violados pelo Estado, levamos tapa do bandeirante fardado, condenados sem ser julgados, encarcerados, esquecidos, quando não assassinados – e ainda dizem: “menos um bandido”.

Nós, mulheres pretas da mais barata carne do mercado, que sofremos a violência doméstica, trabalhista, obstétrica e judicial, e choramos por filhos e filhas tombados pelo agente do Estado.

Nós, gays, lésbicas, bissexuais, travestis, homens e mulheres trans, que enfrentamos a a violência e invisibilidade, e não aceitamos que nos coloquem de volta no armário.

Nós, que não aceitamos nossa história contada por uma mídia que não nos representa e lutamos pelo direito à comunicação. Nós, que estamos construindo, com nossa voz, as próprias narrativas: poesia falada, cantada, escrita.

Nós, que sempre estivemos nas ruas, nas redes, nas Câmaras, na cola dos politiqueiros de plantão e que agora somos taxados de terroristas por causa de nossas lutas. Nós, que aprendemos a fazer até leis para continuar lutando por nossos direitos. Nós, que garantimos a duras penas o mínimo de escuta em espaços de poder, não aceitamos dar nem um passo atrás.

Nós, que somos de várias periferias, nos manifestamos contra o golpe contra o atual governo federal promovido por políticos conservadores, empresários sem compromisso com o povo e uma mídia manipuladora.

Não compactuamos com quem vai às ruas de camisa amarela com um discurso de ódio, fascista, argumentando o justo “combate à corrupção” mas motivado por interesses privados. Não compactuamos com quem defende a quebra da legalidade para beneficiar a parcela abonada da população, em troca do enfraquecimento do Estado Democrático de Direito pelo qual nós dos movimentos sociais periféricos lutamos ontem, hoje e continuaremos lutando amanhã.

Nós, que sabemos que a democracia real será efetiva apenas com a ampliação de direitos e conquistas de nosso povo preto, periférico e pobre, a partir da esquerda e de baixo pra cima.

Nós, que conquistamos só uma parte do que sonhamos e temos direito, não admitimos retrocesso. Reivindicar o respeito à soberania das urnas e a manutenção do Estado Democrático de Direito. Reivindicamos as ruas enquanto espaço de diálogo, debate e fazer político, mas nunca como território do ódio. Reivindicamos nossa liberdade de expressão, seja ela ideológica, política ou religiosa. Reivindicamos a desmilitarização das polícias, da política e da vida social. Reivindicamos o avanço das políticas públicas, dos direitos civis e sociais.

Não vai ter golpe. Não vai ter luto. Haverá luta!

Assinam este manifesto os grupos, coletivos, organizações e movimentos da sociedade civil, além de cidadãos em geral que subscreveram individualmente:

Abayomi Ateliê
Ação Educativa
Agência Mural de Jornalismo das Periferias
Agencia Popular Solano Trindade Banco Comunitario Uniao Sampaio Observatorio Popular de Direitos
Agenda Preta
Aláfia
Algodão de Fogo
Ninguém Lê
Sessão de Fatos
Aliança Negra Posse
Anomia Coletivo
Associação cultural História em Construção
Associação Cultural Literatura no Brasil
Associação de Arte e Cultura Periferia Invisível
Associação de povos e comunidades Tradicionais de matrizes africanas e Afro brasileira Katina da Silva
Associação dos Moradores do Caranguejo –
Associação Franciscana DDFP
Audácia – Q.I. Alforria
Baobá Arte e Educação
Bloco do Beco
Blog Combate Racismo Ambiental
Blog Inspiração Sustentável
Blog NegroBelchior
Bocada Forte
Brechoteca Biblioteca Popular
Casa do Menor Trabalhador-RJ
Casa Popular de Cultura de M’Boi Mirim
Cia Humbalada de Teatro
Cia Janela do Coletivo
CicloZN
CineBecos
Claudias,Eu?Negra!
Comitê Juventude e Resistência Z/S – SP
Coletivo Brincantes Urbanos
Coletivo Candeia
Coletivo Cultural Marginaliaria
Coletivo Cultural Pic Favela
Coletivo Cultural Sankofa
Coletivo de fotógrafos Lente Quente/Jornalismo UEPG
Coletivo de Negras e Negros EACH
Coletivo Eletro Tintas
Coletivo em Silêncio, Reage Artista
Coletivo Encontro de Utopias
Coletivo FABCINE
Coletivo Juventude Ativa
Coletivo literario Sarau Elo da Corrente
Coletivo Mjiba
Coletivo Muros que Gritam…
Coletivo Perifatividade
Coletivo Pretas Peri
Coletivo R.U.A.
Coletivo Tenda Literária
Coletivo Verde América
Coletivo Voz da Leste
ColetivoFilhas da Luta
Comitê Juventude e Resistência Z/S – SP
Comitê Popular de Santos pela Verdade, Memória e Justiça
Companhia Teatral Sama Elyon
Comunidade Cidadã
Correspondência Poética
DCE Novo Mané – Diretório Central dos Estudante da UTFPR – Campus Londrina
EITA AÇÃO CULTURAL
Expansão CT
Favela, uma foto por dia
FECEB RN
Fome Noise
Fórum Municipal de Trabalhadores do SUAS – Belo Horizonte
Grupo Clarianas
Grupo Clariô de Teatro
Grupo de Coco Semente Crioula
Grupo Pés Esquerdos de Teatro Feminista
Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo
Guardiões Griô
Imargem
Jornal Vozes da Vila Prudente
jornalistas livres
Juventude Politizada Parelheiros
Kilombagem
labExperimental.org
Levante Popular da Juventude
MAP (Movimento Aliança da Praça)
MASSAPEARTS
Movimento Cultural Ermelino Matarazzo
Movimento Cultural Grajau
Movimento Hip-Hop Organizado (MH2O)
Movimento Independente Mães de Maio
MQG
Núcleo de Direitos Humanos da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Núcleo de ensino, pesquisa e extensão Conexões de Saberes na UFMG
Núcleo Mulheres Negras
Nuraaj – núcleo de referência em atenção à adolescência e à juventude – Instituto Sedes Sapientiae
Observatório da Juventude – Zona Norte
Parceiros em Luta
Periferia em Movimento
Piratas Urbanos
Praçarau
Projeto Tipo Ubuntu
Quilombacão
Quilombação
Raiz criola
Rede Liberdade
Rede Pipa
Rede Popular de Cultura Mboi Campo Limpo
Rodas de leitura
Samantha
SAMBAQUI
São Mateus em Movimento
Sarau do Grajaú
Sarau do Pira
Sarau O que dizem os Umbigos?!
Sarau Preto
Sarauzim Mesquiteiros
Shabazz Empire
TRÓPIS iniciativas socioculturais
Uneafro Brasil

Como faço para assinar o Manifesto?

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Coletivo Perifatividade homenageia Thiago de Mello amanhã na Biblioteca Mario de Andrade

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O Coletivo Perifatividade presta amanhã uma homenagem ao poeta e militante Thiago de Mello na Biblioteca Mario de Andrade.
Thiago, além de ter uma vasta bibliografia, participou da resistência à ditadura por seus versos engajados, que nunca perderam o princípio de uma luta e  sonho de uma sociedade livre, justa e igualitária. Nascido no estado do Amazonas, reside lá até os dias de hoje e completa 90 anos com este evento cheio de lutadorxs de ontem e hoje!
Fica aqui sua poesia mais bonita, a qual homenagearmos nesta terça feira.

Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Santiago do Chile, abril de 1964

Homenagem ao poeta Thiago de Mello
Biblioteca Mario de Andrade: Rua da Consolação, 94 – Centro
Horário: 19hs
Gratuito

Guarani Resiste: Sarau Perifatividade no Sarau Mãe-Terra em Jaraguá

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Neste sábado, 09/05, o Coletivo Perifatividade participou do Sarau Mãe-Terra, um sarau-ato pela DEMARCAÇÃO JÁ das terras guaranis mbya no Jaraguá.

Um encontro maravilhoso na Tekoá Pyau, no CECI (Centro Educacional de Cultura Indígena) no Jaragua, onde infelizmente mais esta terra está sofrendo processo de reintegração de posse, movida pelo ex-deputado Tito Costa (PMDB). Particularmente ficamos emocionados por se tratar de parentes de certa forma, pois também somos indígenas e Guaranis.

É mais que necessária a demarcação não só desta como de todas as terras indígenas, e o ministro José Eduardo Cardozo está com uma dívida gigante em relação à comunidade indígenas!! Imagine se os indígenas, donos das terras brasileiras, pedirem reintegração de posse do Brasil?

Sarau Mãe Terra organizado por Ja Rabetti e Encontro de Utopias com participação de Coletivo Perifatividade, Sarau na Quebrada e FMH²O

DEMARCAÇÃO JÁ DE TODAS AS TERRAS INDÍGENAS!
Assina Cardozo!!!

Fotos por Ana Fonseca, Paulo Rams, Beto Diadema, Antonio Passaty e Regina Tieko

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Ato “Nossos Mortos têm voz” relembra os 22 anos do Massacre do Carandiru!

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Via Redação, Brasil de Fato 

O caso ocorreu em 2 de outubro de 1992, quando pelo menos 111 presos foram executados pela PM. A concentração do ato será na praça da Luz, no centro de São Paulo, às 17h

30/09/2014 – Brasil de Fato

da Redação

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Nesta quinta-feira (2), em memória aos 22 anos do Massacre do Carandiru, movimentos sociais e organizações de defesa dos direitos humanos irão realizar um ato nas ruas de São Paulo em memória às vítimas da chacina e também para denunciar a continuidade da política criminal do Estado. As entidades chamam a atenção para o encarceramento em massa, que já colocou o Brasil na terceira posição do ranking de maior população carcerária do planeta, e também para o alto índice de pessoas mortas pela Polícia Militar paulista.

“Aos massacres reais somam-se os massacres estruturais: as mesmas quebradas acossadas por balas, porretes e algemas são submetidas a um cotidiano de total descaso, em que falta tudo que é necessário para viver com um pingo de dignidade”, diz trecho da carta divulgada pelos movimentos.

A concentração será na praça da Luz, no centro de São Paulo, às 17h. A manifestação é organizada pelos movimentos Passe Livre, Mães de Maio, Rede 2 de Outubro, Comitê Popular da Copa, entre outros.

Massacre

O caso ocorreu em 2 de outubro de 1992, quando pelo menos 111 presos foram executados pela Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo, durante a contenção de uma rebelião. Mais de 300 agentes do Estado participaram da operação, comandada pelo Coronel Ubiratan. Ao final de quatro júris, 73 policiais foram condenados por 77 mortes.

Inaugurado em 1920, o Carandiru chegou a conter mais de 8 mil presos, sendo reconhecido como o maior presídio da América Latina. Quando encerrou as atividades, tinha população semelhante ou superior a de 259 dos 645 municípios paulistas.

Manifesto

Em carta pública, 17 entidades de direitos humanos lamentaram que “parte dos policiais foi condenada, mas os mandantes do massacre, Fleury e Pedro Campos, seguem intocáveis”. Na época, Luiz Antônio Fleury Filho era governador do estado de São Paulo e Pedro Franco de Campos secretário de Segurança Pública.

Desde o episódio do Carandiru, segundo as organizações sociais, “nos dois lados dos muros, os massacres contra a juventude negra só fizeram crescer, com a escalada cada vez mais explosiva do encarceramento massivo e dos extermínios policiais.”

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