No Fundão do Ipiranga caminhamos pela paz, junto com vários equipamentos como escolas, municipais, estaduais, creches, CCA’s, Sasf, CEU Pq. Ceu Pq Bristol Cultura, movimentos e lideranças fechamos as ruas do Pq. Bristol para pedir PAZ. Nessa 4º Caminhada que contou principalmente com as crianças dos equipamentos. Lutamos por Saúde, Educação de qualidade, Moradia digna, Cultura e principalmente gritamos todos juntos por JUSTIÇA, pois não há paz sem justiça. É o terceiro ano que o Coletivo Perifatividade se junta com as entidades e lideranças para participara dessa caminhada, que ainda vemos que há muito pra caminhar e reivindicar. Pois direitos é obrigação do Estado garantir a toda populaçõa periférica.
Confira as fotos tiradas por Diego Soares e Paulo Rams
REGULAMENTO DISPONÍVEL A PARTIR DO DIA 25 DE MAIO, NO SARAU DOS MESQUITEIROS, OU DIA 26 DE MAIO, NESTA PÁGINA.
PODE PÁ QUE É NÓIS QUE TÁ
Realização: UM POR TODOS E TODOS POR UM edições
Parceria: Sarau dos Mesquiteiros e Mundo em Foco
Apoiadores: Abayomi, Catraca Livre, Do lado de Cá, Edições Toró, Mães de Maio, Periferia Invisível, Poetas Ambulantes, Poesia Moloqueirista, 1daSul, Sarau Tenda Literária, Sarau Sobrenome Liberdade, Sarau do Binho, Sarau da Ademar, Sarau da Brasa, Sarau Perifatividade, Sarau Elo da Corrente, Sarau OquedizemosUmbigos, Secretaria da Cultura – Prefeitura de São Paulo e VAI (Valorização de Iniciativas Culturais).
O Sarau Perifatividade esteve pelo segundo ano consecutivo em um palco da Virada Cultural – Oficial. Em 2012, fomos convidados pelos parceiros do Sarau Dos Mesquiteiros que se apresentaram ao 12hs, no mesmo palco em que nos apresentamos – o palco Largo Santa Ifigênia. Marcado para as 05:20, entramos com 1:20min de atraso, ou seja, as 06:40. Exatamente 5 minutos antes de nos apresentarmos, um fato nos deixou tristes – um jovem, vítima de overdose, faleceu bem próximo à ambulância que estava ao lado do palco. A demora no atendimento deste jovem ficou evidente também, deixemos registrado. Subimos ao palco ao anúncio da poesia representativa de nossa região e do Coletivo “No Fundão do famoso bairro do Ipiranga, na divisa da região do grande ABCD, surge um movimento mostrando a periferia como tem que ser…”. E, com a nossa faixa contra o genocídio da juventude, abrimos com a banda que sempre dá muita vida ao Sarau, os poetas e poetisas, e com o nosso “hino”, entoado por Vinão Alobrasil. Logo depois, Michel CenaSete emociona à tod@s falando sobre o fato ocorrido: a Virada fez com que não só este mas vários jovens que vimos queiram curtir intensamente a vida inteira em 24 horas, e a importância de se viver um dia de cada vez, mandando um emocionante “Meu Hino”, o poeta de casa Andre Pereira, seguido por Terno Maciel e Diego Soares. Logo depois, Vinão, NP Vocal e Anderson DjFire sobem ao palco para sua apresentação e levantam a galera presente no Largo Santa Ifigênia. Pelas periferias do mundo, em homenagem à Palestina, Ana Fonseca e Paulo Rams realizaram um “poemadança”. Logo depois, Laureatti mistura poesia e intervenção teatral, seguido de Janaína Moitinho, Fanti Manumilde e a apresentação da dupla de MPB de ouro do Jd. Maristela Rinha de Galo, formada por Brunão & Carlos Junião. O grupo D’grand’stilo sobe ao palco levantando de vez o público do Largo Santa Ifigênia com sua apresentação, e depois ainda tome poesia: vem Débora Garcia, Ruivo Lopes com suas palavras sempre sábias e contundentes e para finalizar o nosso parceiro Fuzzil Deeanto. Claro, a banda de apoio, formada pelos companheiros que sempre estiveram e estão conosco e também compõe hoje as bandas Big Bang 59, Laikos e República Zion, fizeram o encerramento com muito ska e som bom, seguido pelo nosso Hino! Queremos lembrar sempre, que o evento é importante, mas 10 milhões em 24 horas poderiam ser muito melhor gastos durante o ano em diversas ações culturais em casas de cultura, CEU’s, bibliotecas municipais, integração com a Secretaria Municipal de Educação (diálogo, por favor!). A cultura não pode ser só vitrine, cultura é alimento, é fundamental! E deve ser centralizada e descentralizada, 365 dias no ano!
Confira as fotos clicadas por Tamy de Paula Souza e Gil Luiz Mendes, além do perifativo Diego Soares:
Na 9º edição de Virada Cultural da cidade de São Paulo o Coletivo Perifatividade direto do Fundão do Ipiranga e outros companheiros sempre presentes nas ações do coletivo terá presença confirmada, com o Sarau Perifatividade, com muita POESIA, MÚSICA, OPINIÃO e LEITURA. Vamos chegar com o time de peso, será às 5:15 da manhã. Para chegar dando um grande BOM DIA POÉTICO PARA O DOMINGO que se inicia.
Teremos a apresentação de Dança de Ana Fonseca prestando uma homenagem a Palestina, a nação desse povo vitima do genocídio e segregação assim como os nossos da nossa periferia paulistana e brasileira.
Se liguem na programação completa dos dois palcos dedicados aos Saraus e companheiros de militância cultural e periférica.
Abelardo Rodrigues em sua casa na zona leste de SP
Esforço de uma parceria coletiva, o escritor e poeta negro Abelardo Rodrigues vai apresentar seu Memória da Noite, revisitada & outros poemas, no próximo dia 10 de maio, sexta-feira, às 19hs, na Ação Educativa (R. General Jardim, nº 660, Vila Buarque-Centro, SP). Lançado originalmente no conturbado final da década de setenta, o livro é uma obra significativa na história intelectual do negro paulistano que à época teve repercussão e causou impacto em toda uma geração literária afrocentrada. A nova edição apresenta, 35 anos depois, os textos e poemas da primeira edição revisitados, e também poemas inéditos.
Na noite de lançamento, além da seção de autógrafos, teremos leituras de poemas do autor, exposição, projeção de imagens e a apresentação da cantora Denna Hill e do músico Henrique Elói.
Abelardo Rodrigues nasceu em Monte Azul Paulista (SP), em 1952, e mora na zona leste paulistana a mais de 30 anos. Publicou Memória da Noite (Ed. do Autor, 1978). Foi co-fundador da antologia Cadernos Negros, junto com Oswaldo de Camargo, Paulo Colina, Cuti e Jorge Lescano. Tem participação na premiada antologia Axé – Antologia Contemporânea da poesia negra (Org. Paulo Colina, 1982), O Negro Escrito (Oswaldo de Camargo, 1987) e tem diversos textos publicados em revistas norte – americanas e alemãs; é um poeta muito representativo na cena da literatura negro brasileira, e sem dúvida, figura como escritor essencial para a literatura produzida pela coletividade negra paulistana.
Abelardo Rodrigues e Oswaldo de Camargo: literatura afrocentrada (Foto: Leko Moraes)
O também poeta Hélio Pinto Ferreira (in memorian), na ocasião da 1ª edição de Memória da Noite, imprimiu a seguinte apresentação:
A leitura de “Memória da Noite” do poeta Abelardo Rodrigues, que me confiou os originais, foi para mim muito gratificante. Como o nauta que depois de navegar por longo tempo avista a terra e grita – “terra à vista”! – trazendo toda a marinhagem à proa, posso dizer: – eis um poeta!
(…) Trata-se de um poeta de drama interior, profundamente vinculado ao ser. Sua poesia retrata a frustração do homem de cor, sua luta, seu sofrimento no contexto de uma sociedade que o repele.
Sofrimento que lhe traz à tona o grito de uma poesia, digamos participante, cuja filiação sem qualquer influência nociva está em Arlindo Barbeitos e Agostinho Neto, dois altos valores da poesia africana em língua portuguesa.
Poeta voltado para as contundentes realidades do preconceito da cor, sua poesia é látego, um chicote na noite escura que abre luz em nosso intelecto…
O bom poeta realiza a sua poesia de maneira pessoal. Abelardo Rodrigues realizou a dele numa forma que mais sugere do que diz, num tecido de palavras em que se escuta o grito do homem de cor.
Leiamos, pois, os poemas de Abelardo.
Bibliografia de Abelardo RodriguesObra publicada
Memória da Noite – Ed. do autor, São José dos Campos.1978.Participação em antologias
Cadernos Negros 2. São Paulo: Ed. dos Autores, 1979; Cadernos Negros 3. São Paulo: Ed. Dos Autores, 1980; Axé – Antologia da poesia negra contemporânea – org. Paulo Colina. São Paulo, Global Editora 1982; A Razão da Chama – Antologia de Poetas Negros Brasileiros – org. Oswaldo de Camargo. São Paulo:GRD,1986; Seminários de Literatura Brasileira – 3 ª Bienal Nestlé de Literatura – org. Leo Gibson Ribeiro, São Paulo: Bienal Nestlé de Literatura, 1986; O Negro Escrito – Apontamentos sobre a presença do negro na Literatura Brasileira – Oswaldo de Camargo. São Paulo: Edição da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo,1987; Cadernos Negros – Melhores Poemas – Márcio Barbosa/Esmeralda Ribeiro (org). São Paulo: Quilombhoje, 1998; Poesia Negra Brasileira – Zilá Bernd. Porto Alegre: AGE, 1992. Literatura e Afrodescendência no Brasil: Antologia Crítica, vol. 3. – Eduardo de Assis Duarte (org). Belo Horizonte: EditoraUFMG, 2011.Publicações no Exterior
Callallo – Revista – norte-americana, 1980 vol 3; Caribe (A quarterly magazine) – Editor: Marta Moreno Vega/New York State Council on the Arts and the Nacional Endowment for the Arts, N.Y. (EUA), 1980; Ika – Zeitschriftfur Kulturaustausch und internationale Solidaritat, n.25: Stuttgard (R.F.A.),1984; Schwarze Prosa – Org.Moema Parente Augel – Edition Diá – Alemanha, 1988; Schwarze Poesie Poesia Negra (edição bilingue alemão/português) – org. Moema P. Augel – St.Gallen/Köln: Edition Diá, 1988; The Black Scholar – Word Within a Word, vol 19: N.Y. (EUA), 1988.
Capas de Memória da Noite: ontem (1978) e hoje (2013)
Coordenação Editorial – Marciano Ventura Revisão: Camila Omena e Taís Lopes Revisão Final: Oswaldo de Camargo Capa: Edson Ikê Edição e Produção: Ciclo Contínuo, Produtora Axé, Sarau Elo da Corrente, Coletivo Esperança Garcia, Coletivo Perifatividade e 5º Elemento.
Apoio para o lançamento: Ação Educativa
Lançamento: Memória da Noite, revistiada & outros poemas Dia 10 de maio, sexta-feira, às 19h Local: Ação Educativa – Rua General Jardim, 660, Vila Buarque-Centro, São Paulo Entrada Franca