Reinauguração do Telecentro Sacomã e Hip Hop chega chegando na Casa de Cultura Chico Sciense

No último domingo, 18 o Coletivo Perifatividade, juntamente com o movimento de moradia Estrega Guia, liderado por nossa madrinha Tereza Lara, Dj Nilo, Terno Maciel e toda comunidade do Parque Bristol organizaram a reinauguração do Telecentro Sacomã que agora passa a ser chamado de Thiago Rodrigo Marcello, patrono desse espaço que foi inaugurado pela luta da comunidade. O evento contou com os grupos de Rap, Conexão Popular, Pânico Brutal, e Clã Raça Forte.

Confiram algumas fotos por João Claudio e Terno Maciel:

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Em seguida estivemos no evento da Casa de Cultura que comemorava nesse final de semana 25 anos de sua existência, com Rap que o bairro do Ipiranga tem de melhor a oferecer. Com: Sarau Perifatividade; Avante O Coletivo; Poder de Expressão; Aliados da Sul; Lado Obscuro; Mandamentos; K7assicos; Máfia Negreira E Djs Alan Morandi e Ronaldo, Grafiti com Art Tude e Nenê Surreal na Casa de Cultura Chico Science – Ipiranga!

Fotos por: João Claudio

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Meu amigo, Paulo Freire!

​Em comemoração aos 95 anos de nosso grande mestre Paulo Freire, dedicamos este lindo texto de Ruivo Lopes à todxs que lutam e acreditam em uma educação genuinamente libertadora! Resistiremos sempre e jamais deixemos de lutar!
MEU AMIGO, PAULO FREIRE!
Espero que esta carta o encontre bem!
Na última vez em que eu o ouvi, fiquei muito comovido quando o senhor disse que estava muito cansado, embora estivesse muito feliz em estar vivo e morreria feliz em ver um Brasil em seu tempo histórico cheio de marchas, mas as “marchas dos que não tem escola, marcha dos reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam a uma obediência servil, marcha dos que se rebelam, marchas dos que querem ser e estão proibidos de ser…”, como o senhor disse, “as marchas são andarilhagens históricas pelo mundo”.  Já se passaram alguns anos desde aquela última vez, de lá pra cá, demos alguns passos e, devagarzinho, o mundo vem saindo do lugar. 
O senhor, como sempre, pondo-me a pensar. Como um homem que conheceu tão bem a nossa gente, que conviveu tanto com a nossa gente, que conversou tanto com a nossa gente, que pensou tanto com a nossa gente, que se dedicou a vida inteira a nossa gente, pudesse estar cansado… cansado e feliz? Afinal, é a tua gente o motivo da tua felicidade, amigo Paulo! 
É por isso que os donos do poder atentam contra a tua gente, como se fossemos uns “desabusados… destruidores da ordem”, quando na verdade afirmamos que “é preciso mesmo brigar para que se obtenha o mínimo de transformação”. O teu desejo, o teu sonho, era o de que as marchas dos “sem” acontecessem para nos afirmarmos como gente e como sociedade querendo democratizar-se.
O senhor que nos agraciou com a mais potente “Pedagogia do Oprimido”, elevou a “Educação como prática da liberdade”, e estimulou a “Ação cultural para a liberdade”, fez da “Pedagogia da autonomia” um norte, no qual “a leitura de mundo precede a leitura da palavra”, sem abrir mão da “Importância do ato de ler”, nutrindo-nos de “Pedagogia da esperança”.  Nem a perseguição, nem a prisão, nem a censura, nem o exílio o cansaram, por que então estaria cansado, quando mais precisamos da vitalidade do senhor?
Meu amigo, Paulo. Preciso contar-lhe algo surpreendente, o surgimento de um movimento novo protagonizado por jovens cheios de vitalidade e alegria em defesa da educação pública. Veja o senhor. Apesar da dilapidação da educação e do descaso com a escola pública promovidas pelas aves de rapina do neoliberalismo, estes estudantes disseram: basta! Não só disseram como também tomaram o destino da escola pelas próprias mãos. Estes estudantes secundaristas de escolas públicas de São Paulo mobilizaram-se e ocuparam as escolas estaduais contra a intransigência política e o autoritarismo mais atroz dos mandatários de plantão da Secretaria de Estado da Educação do Governo de São Paulo. Estes mandatários queriam a todo custo promover uma desorganização do sistema misto do ensino fundamental e médio na mesma unidade escolar. Além de separar os estudantes, irmãos e irmãs, amigos e amigas, em anos diferentes, estes mandatários anunciaram o fechamento de escolas e iriam aumentar ainda mais a quantidade de estudantes por sala de aula, prejudicando ainda mais o processo de aprendizagem da turma de educandos, como também de educadores que ficariam, como já acontece, pressionados entre carteiras e lousas nas salas de aula superlotadas. 
Amigo, Paulo. O senhor, depois de andarilhar com os oprimidos pela America-Latina, Europa e África, foi Secretario de Educação da cidade de São Paulo, dialogando com todo mundo disposto a falar e também a ouvir. Ninguém mais do que o senhor sabe o valor da fala do oprimido que ao falar denuncia sua opressão e ao fazê-lo conscientiza-se “da tomada de decisão de intervenção no mundo”. O senhor que como Secretário Municipal de Educação acabou com as “delegacias de ensino”, porque delegacias são de polícia e não de ensino, e criou os Núcleos de Ação Educativa, unindo prática e reflexão pedagógica com e entre educadores e educandos. O senhor ficaria feliz se pudesse estar aqui para conferir a vitalidade, a disposição, a coragem e o sorriso que só a meninice consegue nos agraciar. Esses meninos e meninas que ainda estão se fazendo gente passaram noites em salas e pátios de escolas ocupadas, organizaram-se para a limpeza, para alimentarem-se, para promover a própria segurança, realizaram assembléias, discutiram os feitos do dia e planejaram o dia seguinte, e assim “contrariam as estatísticas”, tomando para si a possibilidade de decidirem sobre o próprio futuro. 
O senhor nunca deixou que esquecêssemos que não há possibilidade de educação apartada da cultura e que não há cultura apartada da educação. Sabemos que a truculência e a ideologia da ditadura militar nunca permitiram que a escola fosse um centro cultural de aprendizagem mútua e que anos mais tarde, a truculência política impediu que nossa amiga Marilena Chauí, então Secretária Municipal de Cultura, ao teu lado, fizesse das casas de cultura da Cidade de São Paulo, espaços educativos de modo que escolas e casas de cultura complementar-se-iam tal qual Cultura e Educação devem complementar-se, emaranhar-se, de modo que o sujeito da cultura e da educação seja os educandos. 
Em uma escola ocupada e gerida pelos estudantes, prestigiei uma apresentação de teatro cujo mote era a rebelião dos trabalhadores cansados da opressão dos patrões. Vi amigos dos estudantes promovendo oficinas de estêncil, comunicação alternativa, cartazes, capoeira, música, sarau de poesia e etc. Vi pais e mães ao lado dos filhos e filhas, juntos, e não era nenhuma reunião de pais e mestres, ou seja, não havia obrigatoriedade, e sim a participação compromissada tão desejada da comunidade na vida escolar. Vi professores e professoras dialogando em profunda comunhão, chamando os estudantes pelo primeiro nome e sendo chamados pelo primeiro nome, aprendendo juntos a conviver fraternamente como sempre desejamos. Vi pessoas doando livros, mantimentos, produtos de limpeza e etc., como demonstração de apoio aos estudantes. Vi pessoas dispostas a dialogar com os estudantes sobre consenso, organização, feminismo, negritude, direitos lgbt, direitos humanos, educação popular e etc. Vi pessoas disposta a ajudar de qualquer forma, a ouvir o que os estudantes tinham a dizer e simplesmente estar ali, solidarizando-se. E numa das escolas ocupadas, vi no pátio, bem ao fundo e no alto, o teu retrato mais bonito, como se estivesse olhando a e por todos nós, testemunhando o movimento da história e feliz por estar presente. Posso imaginar o senhor sentado ali, junto com os estudantes, muito a vontade entre a tua gente, trocando histórias com eles como se estivesse ao pé de uma mangueira. 
A cegueira e a surdez política dos mandatários burocratizados do Estado enchem os brutos de orgulho muito mais do que bom senso. É espantoso como um aparato tão poderoso da educação pode ser manipulado por mandatários inescrupulosos e belicosos que, sem nenhuma vergonha, declaram “guerra” ao bem mais preciso da educação que é os estudantes, sujeitos da educação, sem os quais a Secretaria de Estado da Educação não passa de uma ostra moribunda, ensimesmada, destinada a prisão ao próprio casco. O Estado declarou “guerra” aos estudantes por estes recolocarem na ordem do dia a educação pública. Na ausência de dialogo, o Estado respondeu declarando a mais bestial “guerra” suja!
Amigo, Paulo. Os estudantes tomaram as ruas da Cidade para buscar dialogo com cidadão e cidadãs ainda penetráveis pela sensibilidade necessária que nos irmana a todos. As polícias agiram como os mais ferozes, sedentos e bestializados cães raivosos a serviço dos poderosos. Contra a imposição da desorganização escolar, os estudantes respondem com a afirmação de que “não tem arrego”!
Como o senhor bem disse, “é preciso ir além da passividade com uma postura rebelde e criticamente transformadora do mundo”. Estes estudantes ainda pouco o conhecem, mas o senhor ficaria feliz em conhecê-los.
Estes estudantes escreveram aquilo que pode vir a ser os novos rumos da educação pública. Nem eles, nem a sala de aula, nem as escolas que foram ocupadas serão as mesmas. Como o senhor, eu também estou feliz por testemunhar a vitalidade da história, que não está determinada, mas que ainda está por se fazer. 
Mando notícias em breve!
Abraço do amigo de sempre,
Ruivo Lopes
P.S. 1: permita-me pelo profundo respeito e admiração o chame nesta carta carinhosamente de “senhor”.

Acompanhe a programação especial de aniversário do grande mestre aqui

Coletivo Perifatividade nos CEU’S HELIÓPOLIS E PQ. BRISTOL em SETEMBRO!

Sarau Perifatividade no CEU Heliópolis

Na sexta- feira, 02 de setembro realizamos mais um sarau no CEU HELIÓPOLIS, (Prof.ª Arlete Persoli), com os estudantes do EJA da EMEF Campos Sales, a convite da gestão que integrou uma gama de ações voltada aos Direitos Humanos durante a semana.dsc_0002

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Perifatividade no Festival das Artes – CEU Pq. Bristol!

Na sexta, 09 de setembro, o Coletivo Perifatividade participou do 1º Festival das Artes do Ceu Pq Bristol. Este palco, praticamente um berço para nós, recebeu diversos artistas e grupos desde quinta e durante o final de semana. Música, teatro, dança, literatura, Sarau e outras atividades fizeram parte da programação do Festival, e nós, orgulhosamente, estávamos lá, juntamente com Yadah Shabaz, Trio de cordas do Instituto Baccarelli, Dança Tribal Fusion, Coletivo Vibesound – Música Eletrônica da Cidade Tiradentes e Banda Veracidade da nossa querida amiga Daniela Bontempi! Confira tudo que rolou na sexta-feira, nas fotos de JC!

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Perifatividade: 6 anos resistindo!

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Depois de uma semana de ações na Biblioteca Castro Alves e Casa de Cultura Chico Science, pelo Estéticas das Periferias, e Bienal do Livro de SP, pelas Secretarias Municipais de Educação e Cultura, domingo foi o dia de nossa celebração: a festa de aniversário que pelo terceiro ano consecutivo levamos ao nosso chão – Fundão do Ipiranga, e pelo segundo ano no Jardim São Savério.
Com toda estrutura pronta, foi a hora do Ivonverine Deedaye DJ Willians (Will) botarem a chapa, ou melhor, os discos para esquentar a festa! Com todo orgulho, demos início a esta celebração que fez o Savério brilhar ainda mais em nossos olhos e corações!
Abrindo os trabalhos muito bem, nossa irmã Amanda Cristina Negrasim, em companhia de Leca Soull e Luiz Lobato Da Silva fizeram um dos shows mais bonitos e comentados da festa. A Congada de Vovô Benedita e São Benedito, da ONG CAIO, com a gente já há uma cota, sempre encanta todas as vezes que se apresenta, levando muitos olhos a marejarem em suas apresentações – inclusive dando uma palhinha no show da Amanda.
Mistura Popular entra em cena pra levantar a galera do Savério que estava espalhada e resolver ficar mais próximo do grupo e dançar juntinho…Rinha de Galo, ouro da casa, trouxe músicas novas e já conhecidas do pessoal que frequenta o Sarau.
Falando em ouro da casa, nada mais legítimo que nossas crianças participarem, junto ao tio perifativo Roberto Oliveira Beto Diadema Diadema, e depois o show de Vinão Alobrasile Pânico Brutal, trazendo o Perifatividade na música.
As manas talentosíssimas da Odisseia Das Flores e Cris SNJ fizeram shows memoráveis, nos dando a certeza de que elas estão muito à frente na cena rap nacional. Nosso parceiro Arcanjo Ras literalmente tacou fogo na festa, e não teve quem não dançou um bom ragga.
O GRES Quilombo fez uma linda roda de samba, e teve o despertar da galera, que acompanhou e se encantou com aquela grande, e extremamente harmoniosa roda de samba da mais pura raiz, como é o trabalho belíssimo do Quilombo.
Para fechar esta linda noite, em que o tempo colaborou lindamente pela segunda vez, Thaide cantou sons novos e clássicos que levantaram o Savério, acompanhado de Dj QAP, Mista Pump Killa, Arnaldo Tifu. Lindo foi a reverência às nossas metras griots, como Dona Olga, que fazia 80 anos, e compartilhando a história de vida da Sol, moradora ilustre do Califórnia, que está em outro plano espiritual. Admiração, respeito e legitimidade na quebrada fazem termos certeza de que Thaide Lotado Apenas e todos os outros grupos e artistas fizeram um domingo no Savério mais colorido, mais forte, mais feliz, com certeza!
Dizemos domingo, ontem, hoje e sempre OBRIGADO ao nosso quilombo Fundão do Ipiranga, que nos acolhe com braços e corações abertos e fazemos tudo isso por amor à essa quebrada, e por amor ao Coletivo Perifatividade, que é nossa vida e nossa história também!
Obrigado Fundão do Ipiranga!!
Vídeos de todas as apresentações, você encontra na linha do tempo de nossa página!
Foto: Elaine Campos

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