O Sarau Perifatividade na Biblioteca Amadeu Amaral, realizado pelo Programa Literatura Periférica: Veia e Ventania nas Bibliotecas de São Paulo tem um caráter temático, e como é nossa característica, mensalmente abordamos temas que remetem às lutas dos nossos!
Este mês, como não poderia deixar de ser, lembramos dos 50 anos do Golpe, de 1964 e da democradura instaurada nas periferias dos dias atuais. Porém, focamos na Questão Indígena, tão pouco ou nunca mencionada quando se fala da resistência à ditadura. Nesta época, aproximadamente 2.000 indígenas da etnia Waimiri Atroari foram dizimados em nome da construção da BR174, comandada por militares no norte do País. Também na ditadura, criou-se diversas cadeias exclusivas de povos indígenas, onde trabalhavam em regime escravo, eram mortos e torturados. Para nos aprofundarmos no tema, exibimos dois mini-documentários: um que fala de uma destas cadeias, a mais conhecida, que foi o Reformatório Krenak, no estado de Minas Gerais. E o outro que aborda a questão dos Waimiri-Atroari. Também esteve com a gente, nosso amigo e militante das questões indígenas, Daniel Puri Kayowá, onde debatemos as diversas formas da ditadura estar presente nas ações contra os povos originários atualmente, como os Guarani Kaiowá, Aldeia Maracanã, a demarcação de Tenondé Porã e Jaraguá, aqui em São Paulo. E por falar em amigos de luta, a banda residente do Sarau Perifatividade no mutirão, Rinha de Galo, musicou e finalizou maravilhosamente esta edição cheia de rostos novos e atuantes na ação. Confiram as fotos por Ana Fonseca!
Perifatividade 